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segunda-feira, julho 03, 2006

A reação dos outros

O fato de que gosto de fazer roteiros mórbidos já é de conhecimento de muitos bem antes deste blog, e do fanzine que atualmente estou vendendo.

Desde o colégio os professores comentavam (ou reclamavam) quando eu colocava finais trágicos nas minhas redações. Uma vez, no primeiro ano do ensino médio, o meu professor estava comentando sobre a obra Dom Casmurro, sobre os símbolos usados e as relações com a morte do Escobar e tals, e de repente virou para mim e disse: "É assim que se faz uma morte. Não aquela coisa gratuita que você faz."
Bem, não foram exatamente essas as palavras que ele usou... mas foi essa a idéia que ficou.

Acho que esse meu problema começou depois da oitava série, porque eu lembro de ser uma garota bem felizinha na hora de escrever as redações. Mas comecei a odiar tanto o ato de escrever por causa da minha falta de criatividade que passei a pensar coisas mais soturnas... como:

FUGA PELA CASA

Corro do nosso quarto,
Enquanto isso você grita.
De tudo isso já estou farto,
Sua histeria me irrita.

Vejo de dentro dos seus olhos
Sua vontade assassina,
O explodir de puro ódio,
E você corre pra cozinha.

Tento até achar assunto:
"O futebol foi um fiasco".
Não quero virar presunto
Pela sua faca de churrasco.

Você me viu entrar em pânico,
Fui fugindo pro banheiro,
Desse seu ar satânico
E mãos de açougueiro.

Saio correndo pra varanda,
Seu grito ecoa pelo prédio.
Pensando enquanto você anda,
Preferia até o tédio.

Não era assim no início,
Tudo pra me arrepender.
Quem me dera um precipício,
E poder desaparecer.

Quando uma das minhas colegas leu isso, só comentou: "Faca, sangue, morte... só podia ser coisa da Yukita (meu apelido na época)..."
Também foi porque eu passei por uma fase "meio" gótica. Não, na época eu ainda não usava roupas pretas, e nunca carreguei muito a maquiagem. Aliás, eu nem usava maquiagem. E ainda hoje é meio raro eu usar. Nunca coloquei fotos de gente com roupas esvoaçantes e asas em blogs totalmente pretos também. Também nunca tive inclinações suicidas. Mas eu só conseguia escrever essas coisas mais catastróficas.

No segundo ano foi a virada: por causa de um colega que adorava falar "pérolas" em sala de aula, resolvi criar um blog humorístico. Apesar de muitas coisas serem piadas internas. Mas para quem acompanhava os posts, acho que dava para entender. Mesmo que ninguém além do pessoal da sala lesse, serviria muito bem como lembrança e fonte de boas risadas.

Voltando ao assunto do título, agora vou falar sobre minhas impressões ao vender minha historinha.
Teve gente que leu, me chamou de mórbida, mas gostou dos quadrinhos. Outras pessoas leram e acharam engraçadas as tiradas de humor negro. Essas, eram colegas de faculdade.
E eu descobri que um dos piores erros é vender para pessoas com mais de 40 anos. Quando saí de casa para ir ao Encontro Internacional de RPG, vendi um exemplar para uma senhora de uns 40, 50 anos no ponto de ônibus. Depois que subimos no mesmo, eu só conseguia sentir a mulher lançando olhares de reprovação para mim, como se pensasse: "Não acredito que gastei um real comprando o produto de uma mente doentia como a dessa menina".

Mas eu já aprendi a lição. Vai que pessoas assim resolvem me linchar perto de casa, né? Aiai... *calafrios*