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Desventuras culinárias
Quem mora sozinho, ou no mínimo precisa se virar para conseguir sua própria refeição, deve conhecer alguns esquemas na hora de preparar o que vai ocupar seu estômago nas próximas quatro horas (ou menos, se a comida der desarranjo, ou se a pessoa em questão for bulímica).
Eu tive que aprender às duras penas algumas das coisas que não devemos fazer. Por exemplo:
1- Nuuuuunca deixe algo no fogo, sem estar por perto para vigiar. Minha mãe sempre dizia isso, mas eu sempre achava que um minuto só não faz mal. Uma das maiores besteiras foi ter deixado sopa fervendo e ir ao pc usar Internet. Nisso, fiquei tempo demais distraída e todo, TODO o caldo derreteu, e o conteúdo restante virou cinzas. Literalmente. Fiquei ouvindo xingamentos por parte da minha mãe durante um tempão. Sorte que, na hora de lavar, as cinzas saíram sem problemas e não ficou manchada a panela. Ufa. Outra besteira parecida foi deixar sopão fervendo, com a tampa fechada, e sair por um momento para fazer outra coisa. Na volta, a sopa estava transbordando em cima do fogão. É... foi uma paciência pegar o pano, absorver o caldo, torcer em cima da pia, etc. Mas a mais trash foi quando eu estava preparando pipoca (detalhe: em fogo baixo) e tive que atender ao telefone. Essa não passou nem um minuto, mas as pipocas não esperaram. Tudo virou cinzas. Mesmo. E daquelas endurecidas, que parecem ficar para a eternidade grudadas na panela. Só o bombril pra salvar.
2- Tempo de microondas não é o mesmo do forno. Houve uma vez em que experimentei preparar nuggets no microondas, mas não vi essa situação explicada na embalagem. Então, tive a idéia de preparar usando as instruções para forno, e deixei por 9 minutos. O resultado... vocês já imaginam, mas mesmo assim vou falar: todos os nuggets carbonizados na metade inferior. Ainda bem que naquela "fornada" só coloquei quatro pedacinhos.
3- Não adianta fazer compras do mês inteiro. Aquele seu repolho vai murchar e estragar, aquelas suas frutas vão mofar, entre outras conseqüências desagradáveis que acabam por deixar a geladeira fétida.
Não estou lembrando de mais nada. Caso lembre, faço uma parte 2 deste post. Mas é fato que, se algum chef ler isto, nem emprego de garçonete vou conseguir nesta vida.
Alavancando as vendas
Ficar sem dinheiro faltando duas semanas para o fim do mês é fogo. Principalmente quando a causa é uma viagem devido aos jogos universitários (JUCA ? Jogos Universitários de Comunicações e Artes), simplesmente porque precisam de você para completar a equipe de certa modalidade de esporte. Sendo assim, com R$ 0, e alguns centavos na carteira, percebi que o que menos quero é acumular dívidas com a vendedora da lanchonete da faculdade. E percebi também que precisava comprar óleo para poder fazer meu arroz com lentilhas, ou aquela pipoca básica que todo universitário que não sabe cozinhar, ou tem preguiça, costuma fazer. Isso foi no começo desta semana, depois de pagar a taxa mensal para a Atlética da ECA. E precisaria sobreviver sem dinheiro até o dia 7. Por razões que todos aqueles que ainda dependem da verba dos pais devem conhecer.
Foi então que cheguei à conclusão de que teria que vender algo. Não, não é o que as mentes móbidas devem estar pensando. Ainda mantenho a minha integridade física, com todos os órgãos inteiros dentro de mim ? felizmente, ainda não precisei vender nenhum rim. Mas a minha integridade moral... é outra história... Comecei ontem, chegando na "vivência" (uma área perto da lanchonete onde geralmente se concentram os integrantes da Atlética, ou amigos) com o famoso discurso de vendedor de balas: "Gente, olha, eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando... mas estou aqui para vender meu fanzine! É só um real! Por favor, preciso da ajuda de vocês, senão não vou ter o que comer..." É... a galera já zoou um pouco na minha cara, imaginem o que devem ter zoado enquanto eu não estava mais perto... Mas o fato é que consegui vender dois fanzines naquela hora, e mais quatro um pouco depois. Hoje, por exemplo, quando vendi a Comic Sans 01 para meus colegas, dois deles comentaram que estava mórbido demais. Uma delas tinha saído da sala onde estávamos, e voltou só para dizer que eu era mórbida. E hoje vendi mais sete! Um "sucesso" de vendas! Mesmo que a maioria tenha comprado por dó de mim. Na verdade, eu pretendia deixar os exemplares para vender no Animefriends, mas a necessidade falou mais alto... Pelo menos agora tenho dinheiro suficiente para sobreviver mais um ou dois dias. =D
Garota-quase-bicho-do-mato-mas-nem-tanto sai de sua cidade natal, um lugar que, apesar de ser capital, ainda é incógnito para muita gente, e vai morar na cidade grande. "A Metrópole".
Chega lá solteira, sozinha, para estudar, mas se deslumbra com a grande variedade de locais para onde ir. Começa descobrindo as baladas mais animadas, as peças de teatro gratuitas através de amigos (e todos marcam de sair para vê-las juntos), as gibitecas, as exposições de arte, etc. Conhece algumas pessoas, vai à maioria das comemorações de aniversário, e cada fim de semana é uma alegria, sexta a sábado preenchidos com saídas divertidas. E isso dura uns quatro, cinco meses...
... Até a semana em que começam as provas e as entregas de trabalhos, outros projetos de faculdade para se concluir, etc. Seus fins de semana passam a ser preenchidos por livros, xerox e textos para se avaliar e selecionar. Depois, vêm os trabalhos freelancers que duram um fim de semana ou um mês... E passa a abrir mão de várias coisas, inclusive do churrasco de aniversário de um dos amigos para terminar um freela a tempo. É... não é mole não. Ninguém disse que seria. Quando se muda de cidade para estudar, que outra saída se tem?
Blog com endereço e cara nova. Template preguiçoso, feito por alguém que precisa ainda terminar três trabalhos em um mesmo fim de semana. Template empolgado, com o logo e a imagem de capa do meu primeiro fanzine! =D
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