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Motivos
... que me fazem não atualizar este blog por uma semana: 1. Fazer orçamento de pastas, cartazes, folderes, etc. Ou seja, grande parte do material de divulgação do II Fórum de Editoração. 2. Montar um site: criar projeto gráfico, arquitetura de informações, diagramação e o que vier, de um site para a empresa Qualimentos Jr. 3. Desenhar as ilustrações para o livro de um amigo meu, que está sendo editado pelos bixos de Edit para a co-gestão da Com-Arte Jr.
É provável que eu ainda tenha mais a fazer, mas agora não me lembro. =(
Animefriends ou Animeguxos (como diria a Camila) No primeiro dia, acordar cedo para chegar cedo no Animefriends não foi lá uma maravilha de idéia, até porque fiquei esperando um tempo desnecessário do lado de fora, além de praticamente não ter formado fila de fanzineiros. Mas foi bacana porque comecei a conversar com alguns enquanto esperava.
A movimentação até que não estava ruim, mas tive que apelar para vender mais, com promoções ao estilo "compre um zine e ganhe um biscoito Trakinas". E teve gente que gostou, assim como a do "tirar foto com pônei" da Camila. Na verdade, essa idéia de fazer promoção acabei pegando dela. =D
Mais tarde, o Cadu (criador do Homem-Grilo) resolveu me dar uma força e deixou comigo alguns zines grátis para eu oferecer como promoção "pague um, leve dois". ? Obrigada, Cadu!!! ? E o zine dele ainda vinha com uma bala dadinho de brinde. Nesse dia, consegui vender uns 17, troquei 4 com outros fanzineiros, e 1 foi estragado quando um dos compradores derrubou um copo de suco em cima da mesa. Mas tudo bem...
O segundo dia, sexta, foi mais morto. Já não fiz promoção, então só vendi durante o dia uns 3. Revezei com a Camila na hora de cuidar das mesas, então pelo menos aproveitei para dar umas olhadas nos stands e comprei alguns mangás. Também passei pelas bancas de zines tentando trocar. No final, troquei uns 24. E ainda ganhei alguns do Homem-Grilo. De resto, foi bem monótono tentar vender para o pessoal que só passava dando um sorrisinho quando a gente abordava, ou lia o meu zine inteiro e nem comprava. Hunf. Mas, quando eu estava já arrumando as minhas coisas para ir embora, apareceu um cara pedindo uma folha branca de papel A4, e comprou uns 10 fanzines meus quando fiz a oferta. Acho que ele estava com tanta pressa que nem queria perder tempo esperando eu entregar troco para a nota de dez reais dele. O sábado seguinte foi beeem morto. Acho que vendi só uns 5 ou 6. Mas foi o dia em que terminei de vender todas as 15 Quadrecas n. 15 que levei. Neste dia eu já estava cansada o suficiente para querer sair de lá às 17:00, o fim do horário obrigatório... Já o domingo foi bem mais feliz. Passei um tempo na mesa de fanzine, terminei de vender (para os meus amigos) todo o restante de Comic Sans que havia impresso (uns 6) e ainda passeei com meus amigos que vieram de Manaus. Descobri alguns esquemas para se assistir aos shows com maior conforto e ainda comi cachorro-quente e batatas fritas de graça. =DDD Pena que tivemos que ir embora cedo e nem vi a Matsuzawa Yumi cantando Chikyuuji. E durante esses dias de evento descobri que os caras que citei no final do último post, que pareciam rudes, na verdade são bem legais. E esforçados. Errata
É... o HQ Mix foi no Sesc Pompéia, e não em Pinheiros. >.<'
HQ Mix 2006
Ontem, após uma grande agonia para terminar um trabalho e entregá-lo ao monitor da disciplina, saí correndo ao ponto de ônibus para tentar chegar ao HQ Mix a tempo (eu achava que fosse algo como a premiação do Ângelo Agostini). Fui até a av. Paulista e peguei o primeiro ônibus que passava perto do Sesc Pinheiros. E corri até lá.
Ainda bem que, quando cheguei, ainda estava mais ou menos no começo. E me dei conta de que aquele evento é umas dez vezes maior que o outro. Encontrei meus colegas lá vendendo (e distribuindo) exemplares da Quadreca, e logo a edição 15 acabou.
Querendo comprar o De: Tales do Fábio Moon e do Gabriel Bá, fui até onde eles estavam. Quando cheguei perto, tive a impressão de que o Gabriel disse ao Fábio: "Olha, a Gabriela". Detalhe: já deve ser a quarta vez que os vejo em eventos, e a terceira em que peço o autógrafo deles, se não me engano. Uma prova de que eu talvez estivesse exagerando foi o que o Fábio escreveu para mim no livro: "Gabriela, valeu por nos acompanhar". Quando comentei isso com a Camila, ela disse que eles poderiam estar pensando que virei uma stalker, ou algo assim. Hum... tomara que eles não estejam pensando que sou uma maníaca...
É verdade que hesitei um pouco na hora de decidir se venderia ou não meu fanzine por lá, mas me animei um pouco quando vi um monte de gente vendendo os deles também. No dia, eu estava só com nove exemplares. Dei um para um colega que me ajudou a dobrar as páginas na hora, e vendi quatro. Isso porque eu nem andei muito. O bom foi que eu descobri que a maioria do pessoal que faz quadrinhos costuma dar forças aos outros.
Além de De:Tales, comprei Terra do Nunca - Love Song Five e O Contínuo 2. Ganhei o Onde estão os Tatus-Bolinha? (de distribuição gratuita) e Mosh! 12 (este me foi dado por um dos rapazes que estavam vendendo o Terra do Nunca).
O legal é que vi pessoalmente muitas das pessoas que tinha curiosidade de conhecer. Por exemplo, o Cadu Simões, criador do Homem-Grilo. E também vi o Ziraldo por lá. De longe, mas vi.
Concluindo, eu diria que valeu muito a pena ir até lá. =D
Pesquisa
Por uma curiosidade nada a ver, resolvi montar uma pesquisa sobre os fanzineiros que vão ao Animefriends para passar o dia inteiro sentados em uma das mesinhas de lá. Até agora, só tenho 5 amostras, e recebi uns três tipos de respostas.
Três delas têm como motivação: "Massacration!!!" Uma disse que era só para zoar. A outra, depois de enrolar um bocado, pensar que eu tinha segundas intenções (como dar uma rasteira, literalmente), blá blá blá, disse que era por causa da cerveja. Mas eu não acreditei, e fiquei enchendo a paciência, até que cheguei num ponto crucial: se tinham conseguido patrocínio. Desde o momento em que vi o fanzine deles, a qualidade de impressão e o preço irrisório, fiquei pensando se eles estavam tão bem com patrocinadores e tudo. Até porque imprimir as coisas sai caro pra caramba. E qual não foi a minha surpresa quando ele respondeu que tirou 2.000 cópias para ficar mais barato, e ainda parcelou o pagamento? É... agora entendo porque eles são tão desesperados para vender... Ao mesmo tempo em que achei insano isso tudo, também até que vi uma lógica: com o desespero, eles acabam se forçando a vender mais. O problema é que eles às vezes são rudes demais (num ponto em que pelo menos eu não consigo saber se eles estão só brincando ou se são escrotos mesmo), e apressados. Mas, sabendo disso, acho que vou olhar com menos raiva para aqueles caras.
Amigos ou Divagações
O legal de ter amigos nerds (e japas) é quando fazemos reuniões na casa de um deles para passar a tarde jogando papo pro ar e se enfrentando em jogos como os do Naruto, Tekken, Smash Bros., etc. É muito engraçado também vê-los jogando games de terror como os da série Fatal Frame, dando saltos e arregalando os olhos a cada parte assustadora. Às vezes até os garotos dão gritinhos de susto e colocam a mão na frente dos olhos.
A maior parte do tempo passamos falando besteiras, mas de vez em quando saem sacadas que podem ser ditas por um deles, em um "momento filosófico", como: "Por que os fantasmas japoneses têm LAG?"
É... às vezes dá vontade de passar os dias todos como se fossem férias, com todos juntos...
... acho que estou preocupada demais com os meus trabalhos...
... ainda bem que o semestre já está acabando...
... quero um estágio, LOGO...
... assim, posso não ter férias, mas vou ter dinheiro no dia certo para pagar o aluguel...
... e, se sobrar, comprar os livros e quadrinhos que eu tanto quero...
... e lê-los nos fins de semana...
...
A reação dos outros
O fato de que gosto de fazer roteiros mórbidos já é de conhecimento de muitos bem antes deste blog, e do fanzine que atualmente estou vendendo.
Desde o colégio os professores comentavam (ou reclamavam) quando eu colocava finais trágicos nas minhas redações. Uma vez, no primeiro ano do ensino médio, o meu professor estava comentando sobre a obra Dom Casmurro, sobre os símbolos usados e as relações com a morte do Escobar e tals, e de repente virou para mim e disse: "É assim que se faz uma morte. Não aquela coisa gratuita que você faz." Bem, não foram exatamente essas as palavras que ele usou... mas foi essa a idéia que ficou.
Acho que esse meu problema começou depois da oitava série, porque eu lembro de ser uma garota bem felizinha na hora de escrever as redações. Mas comecei a odiar tanto o ato de escrever por causa da minha falta de criatividade que passei a pensar coisas mais soturnas... como:
FUGA PELA CASA
Corro do nosso quarto, Enquanto isso você grita. De tudo isso já estou farto, Sua histeria me irrita.
Vejo de dentro dos seus olhos Sua vontade assassina, O explodir de puro ódio, E você corre pra cozinha.
Tento até achar assunto: "O futebol foi um fiasco". Não quero virar presunto Pela sua faca de churrasco.
Você me viu entrar em pânico, Fui fugindo pro banheiro, Desse seu ar satânico E mãos de açougueiro.
Saio correndo pra varanda, Seu grito ecoa pelo prédio. Pensando enquanto você anda, Preferia até o tédio.
Não era assim no início, Tudo pra me arrepender. Quem me dera um precipício, E poder desaparecer.
Quando uma das minhas colegas leu isso, só comentou: "Faca, sangue, morte... só podia ser coisa da Yukita (meu apelido na época)..." Também foi porque eu passei por uma fase "meio" gótica. Não, na época eu ainda não usava roupas pretas, e nunca carreguei muito a maquiagem. Aliás, eu nem usava maquiagem. E ainda hoje é meio raro eu usar. Nunca coloquei fotos de gente com roupas esvoaçantes e asas em blogs totalmente pretos também. Também nunca tive inclinações suicidas. Mas eu só conseguia escrever essas coisas mais catastróficas.
No segundo ano foi a virada: por causa de um colega que adorava falar "pérolas" em sala de aula, resolvi criar um blog humorístico. Apesar de muitas coisas serem piadas internas. Mas para quem acompanhava os posts, acho que dava para entender. Mesmo que ninguém além do pessoal da sala lesse, serviria muito bem como lembrança e fonte de boas risadas.
Voltando ao assunto do título, agora vou falar sobre minhas impressões ao vender minha historinha. Teve gente que leu, me chamou de mórbida, mas gostou dos quadrinhos. Outras pessoas leram e acharam engraçadas as tiradas de humor negro. Essas, eram colegas de faculdade. E eu descobri que um dos piores erros é vender para pessoas com mais de 40 anos. Quando saí de casa para ir ao Encontro Internacional de RPG, vendi um exemplar para uma senhora de uns 40, 50 anos no ponto de ônibus. Depois que subimos no mesmo, eu só conseguia sentir a mulher lançando olhares de reprovação para mim, como se pensasse: "Não acredito que gastei um real comprando o produto de uma mente doentia como a dessa menina".
Mas eu já aprendi a lição. Vai que pessoas assim resolvem me linchar perto de casa, né? Aiai... *calafrios*
A minha primeira vez
Poisé... tem que ter primeira vez pra tudo... ... até pra ser assaltada.
Hoje eu poderia estar falando sobre o evento de RPG que teve no Arquidiocesano, sobre a palestra que o Fábio Moon e o Gabriel Bá deram no stand da Devir e do que eles disseram (ou bronca que deram) para mim, de como resolvi comprar o primeiro número de Casanova com o dinheiro que meu avô tinha dado (e o Gabriel, quando ouviu a minha história: "a pindaíba tá brava, hein?") para comprar miojos e de como eu fiquei abordando os RPGistas tentando vender meu fanzine para cobrir o que gastei e poder fazer as compras para o meu avô honestamente.
Já faz mais de um ano que estou morando em Sampa, e nem de perto passei por algo parecido. Mas foi justamente hoje, quase duas horas atrás, que eu estava tentando voltar para casa e roubaram meu celular. Lá pelas oito da noite eu resolvi voltar para o meu apartamento e o William foi me acompanhar até o ponto de ônibus, que na hora estava deserto. Depois de uns cinco minutos, apareceram dois caras (um de uns 50 anos, com barba grisalha, e outro mais alto, com uns 30 anos), e primeiro um deles perguntou sobre ônibus. Não passou nem dois minutos, e ele se aproximou abrindo a jaqueta e mostrando uma arma. Dae o outro veio do lado. O mais velho falou para passar o dinheiro e o celular, e deixou a gente ficar com a carteira e os documentos. Bom, o saldo foi: um celular e três reais a menos, no meu caso. Pelo menos não foi tão tenso assim. Só quando eu tava tentando me lembrar de onde deixei o meu celular e passei a capa do óculos por engano.
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