Amaldiçoando o sistema de transporte
Sexta-feira foi um dia bem agoniante para mim. Mas, como sempre, percalços, imprevistos e outras coisas que atrasam nossas vidas sempre nos trazem alguma lição.
Tinha marcado um compromisso para as 15h e pretendia sair da faculdade às 14h para chegar a tempo. Mas às 13h me avisaram que haveria uma reunião para 13:30h. E, por sinal, como eu era a única do meu grupo que ainda estava na faculdade, resovi (senti que teria que) ir. Era mais a entrega do trabalho de fim de semestre que fizemos e mandamos para a Intercom Jr. (é algo a ver com um congresso de comunicação que, neste ano, vai ser realizado em Brasília), além do feedback feito pelo nosso monitor, que nos daria também uma noção do que falar no dia da apresentação. Acho que devo ter saído de lá às 14:30h, mais ou menos. Saí de lá pensando: bom, eu posso pegar o ônibus tal, no cruzamento com a avenida tal, e pegar outro ônibus que pare perto da estação X: no mesmo esquema do ano passado, quando tinha que ir àquele mesmo lugar. E saí iludida assim.
Chegando na avenida onde eu pegaria o segundo ônibus, demorei uns dez minutos perguntando às pessoas no ponto, aos motoristas e aos cobradores quais ônibus eu poderia pegar (é que eu cheguei lá sabendo que existia o ônibus, mas não exatamente sabendo qual a numeração). Depois ainda fui perguntar ao vendedor de uma banca que disse que as linhas haviam mudado, e indicou depois o vendedor de pipoca. E este até que falou de uma numeração de ônibus que eu poderia pegar, e ainda esperei mais uns dez minutos. Nisso eu percebi que já estava quinze minutos atrasada... Fui a outro ponto em uma avenida perpendicular, mas nada... Voltei ao pipoqueiro perguntando se tal ônibus ainda existia mesmo, e tive que aturar a conversa mole dele: um blábláblá que não pretendo escrever aqui. A gota d'água foi quando ele disse que o dito cujo demorava, mas que eu poderia ficar esperando com ele. Resolvi que seria melhor eu ir a pé mesmo. O dia estava escaldante (tá, nem tanto... era mais quente em Manaus), mas ainda tinha uns trechos com sombra para me proteger.
Resultado: cheguei uns quarenta minutos atrasada. Com o braço doendo (eu estava carregando uma pasta e dois casacos, esperando que o dia esfriasse) e os calcanhares, idem. Pelo menos a pessoa com quem eu havia marcado não pareceu estar brava. Ao final, a conversa, os planos de dominação mundial e o pedaço de bolo de abacaxi fizeram meu dia valer.
A lição que aprendi?
Se não temos informação atualizada sobre as linhas de ônibus em São Paulo (ou em qualquer outro lugar), é bom sair uma hora antes do horário marcado quando o local é relativamente perto, ou duas horas e meia quando sabemos que o lugar é relativamente longe. Isso quando não é horário de rush, vale ressaltar.